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voltando a fotografar com filme & minhas câmeras analógicas

19 de agosto de 2020

Estava ansiosa para começar as postagens sobre fotografia analógica por aqui e mostrar os experimentos que tenho feito nos últimos anos usando câmeras e filmes diferentes, até que percebi uma coisa: não faria sentido mostrar o resultado das fotos, sem antes compartilhar quais modelos de câmera analógica uso e falar um pouco sobre as principais diferenças entre elas. Portanto, vamos considerar esse post uma ~breve introdução sobre esse assunto aqui no site. E para começar essa história toda a gente volta lá para 2015, ano em que meu amor por esse universo começou a ressurgir 🙂

Falei nesse post como foi minha jornada da arquitetura até a fotografia, que começou quando comprei minha primeira DSLR. Nessa época comecei a fazer muita fotografia de rua (saudades instameets) e conhecer uma galera que usava apenas o celular e/ou câmera analógica para fotografar. Sempre via uma amiga carregando sua Canon AE-1 pra cima e pra baixo, câmera que eu amava usar como “modelo” (haha) nas composições das minhas fotos, e que logo entrou para minha “wishilist de fotografia”. Nessa época eu também passei a acompanhar blogs como o Lomogracinha (saudades) e a buscar mais informações sobre esse “novo-velho” mundo, já que minha experiência com analógicas se limitava às câmeras estilo “saboneteira” que meus pais tinham quando eu era mais nova.

Apesar disso tudo, como estava muito imersa nos estudos sobre fotografia digital (com minha nova câmera DSLR cheia de botões e configurações para aprender a dominar) acabei ficando só nisso mesmo. Até que no Natal desse mesmo ano ganhei minha “primeira” câmera analógica de presente. A Cláudia, amiga que citei aí em cima, me presenteou com um dos modelos do seu enorme acervo, dando o impulso que faltava para eu finalmente entrar nesse mundo. Nem preciso dizer o quanto fiquei feliz, né?

OLYMPUS TRIP 35

A Trip 35 é uma câmera estilo “point and shoot” lançada em 1968, que usa filme no formato 35mm (o mais tradicional) e ficou famosa na década de 70 pelo seu tamanho compacto e facilidade de uso em diversas ocasiões, especialmente viagens (ta aí o motivo do nome, haha). Ela funciona sem necessidade de pilhas ou bateria, porque o seu fotômetro -parte da câmera que mede a luz do ambiente– é de selênio, movido a energia solar. É esse fotômetro que também faz todos os ajustes automáticos para que a foto fique com a iluminação correta, então quando estamos fotografando sem flash (ou seja, com a luz do ambiente) não precisamos nos preocupar com as configurações de abertura ou velocidade, é a própria câmera que calcula isso. Ela vem com uma lente fixa 40mm 2.8 (clara e com uma distância focal que acho ótima para fotografia de rua) e com 4 opções de foco, que devemos ajustar conforme a distância que estamos do ~objeto fotografado (1m, 1.5m, 3m ou infinito). Achei esse sistema de foco um pouco difícil de entender no começo e fiz muitas fotos desfocadas até acostumar, mas isso pra mim não foi problema porque até as fotos analógicas sem foco parecem mais bonitas, haha. Acho a Trip 35 uma câmera prática, leve e com ótimo custo x benefício para quem quer começar a se aventurar na fotografia analógica 🙂

PENTAX K1000

Ou, Rory, porque eu estava (re)assistindo episódios demais de Gilmore Gilrs no começo de 2016, época em que comprei essa câmera. A K1000 é uma clássica do mundo das analógicas, começou a ser fabricada em 1976 e é um dos (se não o maior) sucesso da Pentax. É uma câmera quase 100% manual, com excessão do fotômetro que precisa de bateria para funcionar. Diferente da Trip 35, na K1000 podemos trocar a lente de acordo com nossa preferência já que ela é uma SLR (Single Lens Reflex) mas eu sigo usando a que veio no kit da minha -uma lente 50mm f/2- porque não tenho outra para colocar, haha. Ela permite controle de todas as configurações para fotometria: iso, velocidade do obturador e abertura. E para focar, precisamos girar o anel de foco que fica na lente, ajustando até a imagem ficar centralizada no visor. Sou completamente apaixonada pela minha K1000 (especialmente pelo seu visual, que inclusive é MUITO parecido com o da Canon AE-1 que falei ali em cima) mas já passei por poucas e boas com essa bonitinha. Tenho alguns rolos já fotografados com ela, mas hoje em dia a deixo mais encostada porque ela precisa de bons reparos, especialmente no seu visor oxidado que deixa a missão de “fazer foco manual” quase impossível para uma pessoa com muitos graus de astigmatismo, haha. É uma câmera um pouco mais complicada, indicada para quem já entende mais sobre fotografia e fotometria. Ah, nela também usamos os tradicionais filmes 35mm, que são os mais fáceis de encontrar para comprar.

CANON 500N

Também conhecida como minha câmera analógica mais “moderninha”, a 500N foi a última que comprei (acho que em 2017) e um dos últimos modelos de câmeras analógicas lançados pela Canon nos anos 90, tanto que consigo usar minhas lentes da câmera digital nela (que também é Canon) e acho isso maravilhoso, haha. Ela também é uma SLR que usa filme 35mm, mas diferente da Pentax K1000, além dos ajustes manuais, ela também possuí menus com configurações automáticas, o que pode ser ótimo para quem está iniciando e não entende muito sobre fotometria. Pra mim, a melhor parte de fotografar com essa câmera (além das lentes que falei ali em cima) é poder usar foco automático. Já falei que sou meio cega, né? Então por aqui isso é realmente um diferencial e ela é a analógica que mais tenho usado nos últimos tempos. Porém, devo admitir que a experiência nem se compara com a de fotografar com uma câmera totalmente manual, por isso a Pentax continua sendo meu xodózinho, apesar de todas as frustrações que a bonitinha já me causou nessa vida (pois é, haha).

Bom, esse é meu singelo acervo de câmeras analógicas até o momento, e além de amar a experiência de fotografar com filme, também amo olhar para a decoração do meu escritório e ver essas bonitinhas espalhadas por ele 🙂 E aproveitando a data, já que esse post está sendo finalizado nesse dia maravilhoso, feliz dia da fotografia pra gente

Beijos,

K

+ COMENTÁRIOS

Minha paixão pela fotografia se consolidou justamente quando fiz o curso básico de fotografia e levei a Olympus Trip da minha mãe para a aula prática. Ela estava abandonada na estante pq já era a época que as cybershots dominavam o mercado e eu a resgatei. E aqui estou até hj gastando dinheiro com filmes. Mas não me arrependo de nada. <3

SIM! maior alegria poder testar analógicas e filmes diferentes <3 tão boa a experiência, né? amo <3

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